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segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Sem

Está faltando alguma coisa hoje no céu estrelado, algo essencial para fazer de uma noite, realmente noite. A lua não apareceu e sem ela um casal frequentador da praça não fora namorar na mesma. O velhinhos do dominó não deram nem se quer um sorriso. O vento passou tão bruscamente que as árvores se despedaçavam e gemiam. O céu se escurecia, estava chateado, apagava as luzes das estrelas e ia dormir. A menina deixou de estudar porque tinha esperança de que a lua surgisse e pudesse proporcioná-la a emoção que sentia quando possuía um amor que também se foi. E tudo isso aconteceu, porque a a lua decidiu por não se mostrar àquela noite. E todos se rebelavam menos a menina. Ela não podia fazer nada, quero dizer, até podia, mas não devia pois essa mesma bola de cristal que ilumina o planeta no escuro, já havia lhe deixado mais vezes e então, preferiu por deixá-la livre. Por mais que morresse de saudade, de amor... Afinal, a lua não é só dela, é do casal da praça, dos idosos que passam o tempo jogando, do vento, das árvores, do céu. Ainda que assim, ela esperava na sua varanda todos os dias, escrevendo sobre o quanto a ausência dela, a luz branca, a deixava incompleta. Sonhava em um simples instante, apenas em um segundo, não precisava ser eterno, mas para ela seria, que o luar a amasse tanto quanto ela o ama.

Por Carol Oliveira, que hoje está cem.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Será

Se for para me apaixonar: que seja hoje, que seja amanhã
Se for para te amar: que seja hoje, que seja amanhã, que seja todos os dias depois de amanhã.
Se for para ter medo: que seja ontem.
Se for para esquecer-te: que seja nunca.
Se for para sentir saudade: que dure pouco.
Se for para dizer que me ama: diga-me agora.
Se for para me apaixonar, chegar a te amar, sentir medo, querer esquecer-te assim que sentir saudades, cochiche em meu ouvido: Te amo!

Ontem, hoje, amanhã, para sempre. Assim saberei que vale a pena, valeu a pena.

Por Carol Oliveira uma simples amadora