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terça-feira, 26 de outubro de 2010

Meu coração que não é de papel



As coisas são sempre melhores no início, com o tempo a gente se acostuma com o sabor, cheiro, com a emoção.


No início foi engraçado. Ele olhava para ela, ela não sabia se era para ela. Certa vez ele a olhou e soltou um sorrisinho, a pobre garota não sabia de era para ela, e se fosse, devia retribuir? Com o tempo, a curiosidade de escutar a voz do outro aumentava, até que surgiu uma oportunidade. Na hora da saída a bolsa da Alice estava aberta então lá foi ele: "Sua bolsa está aberta!" Outra vez ele lhe ofereceu café no intervalo. Alice sempre sorria e dizia obrigada, era muito tímida. Daí que as forças externas do universo uniram essas pessoas. E tudo era muito lindo, toda noite era uma boa noite. Era perfeito do tipo, ouvir uma música e ter em quem pensar, saber quem vai está pensando em você quando o relógio marcar as horas e minutos iguais e poder mandar uma mensagem comentando como a lua está linda. Até que um dia, o sol não apareceu, o beija-flor não beijou a flor, as estrelas não brilharam e a noite não foi boa. O encanto do conto acabará . Ele sempre dizia que a amava, ela ficava caladinha esperando o momento certo, a certeza. E quando disse, falou de verdade. O amor é eterno, não enjoa, é amar e amar sempre. E ela sentia saudade e quem sente saudade ama, cuida , se preocupa, quer bem mesmo que com outro alguém. Uma rosa de amor jamais murcha. Pois o amor não é deixado para trás, não pode ser conjugado no passado, não existe " amei, amava ou amara" ou você ama, ou nunca amou. E as pessoas confundem paixão, atração momentânea com amor, e ninguém mais quer amar. A vida pode passar como o vento, daí você escolhe se quer que ele destrua as sensíveis rosas ou se quer que ele retire as folhas secas. Amar mais e mais, ser feliz ainda mais, chorar por conta de um espinho que o destino te fez tocar para que possa aprender a sentir o cheiro da flor sem se machucar.


"No meu céu há poucas estrelas,


O meu girassol não gira mais com o sol,


O meu mar está doce,


Tudo fica bem estranho sem você por perto,


Volta logo ou meu rio vai virar deserto.


Um dia talvez eu me contente com te amar sem te ter.


Ou quem sabe o beija-flor volte a beijar a flor.


Quem sabe você não aprenda o que é amor. "


Por Carol Oliveira


terça-feira, 19 de outubro de 2010

Um mundo hipócrita

Vivemos em uma Era de dragões mentirosos, vulcões de violência e chuvas de orgulho.
Há algo moderno no meio tanta coisa remota, um muro. Uma muralha de hipocrisia.
Somos antes de tudo, pedreiros. Construimos um futuro aumentando esse muro.


Era de gente moderna, coisas modernas e pensamentos primitivos.
E o tempo passa, invisível, no entanto, deixa marcas.
Somos cavernas e dentro de nós, bem no fundo, escondido no escuro está o ódio e a inveja.


Segundo Darwin, estamos em constante evolução. Ainda há tempo de derrubar esse muro de hipocrisia que nos rodeia, de dar luz às nossas cavernas, para que tenham uma clareza de sentimentos. Então os vulcões cessarão, e choverá uma chuva de alegria e os dragões da paz vão nos defender.


Daremos início a uma nova tempo, o que não é falso, e vai deixar registrado um passado em jazidas. Uma Era que SABE como realmente evoluir.


Dedicado a amigo Mário, que sempre declara o quanto o mundo é hipócrita.


Por Carol Oliveira

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

O homem do tempo

Quem nunca quis o tempo parasse em um determinado momento?
Quem nunca sentiu o coração bater forte pela chegada ou até mesmo a partida de outra pessoa?

E se eu controlasse o tempo e as batidas do meu coração?
Eu voltaria alguns instantes, iria respirar devagarinho, para o tempo parecer durar mais e então viveria mais, aproveitaria aquele instante como nunca.
Se tivesse um controle do tempo, eu amaria mais, perdoaria mais, temia menos e tinha mais fé.
Infelizmente não tenho esse controle, ainda não inventaram um máquina dessa.. No entando eu tenho algo também precioso, minha mente. Eu vou ao futuro, volto ao passado toda vez que sinto saudade e penso no presente respirando calmamente para não cometer erros.

Eu cometo erros que não dão para voltar atrás, ou se dão não tenho coragem suficiente para voltar, meu coração acelera e o medo é maior que minha vontade.

O homem apesar de humano é bicho, e age muito por instinto.É impossível controlar o tempo ou a emoção. Não somos máquinas ou controles, somos pessoas que erram talvez, se arrependem talvez e as vezes não conseguem conter o choro.

Humano que controla a mente. Mente que controla toda emoção. Emoção que controla a vida. Vida que comanda o Homem. Homem que faz da vida um tempo.

Por Carol Oliveira

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Quero ser areia

Era uma vez um robô que enjoo de fazer tudo calculado e então ele foi jogado ao relento.
Era uma vez uma flor que decidiu não produzir cheiro, havia abusado dele. A pobre rosa foi cortada.
Era uma vez uma fada do dente que queria ser a fada do cabelo e então a fadinha ficou desempregada.
Era uma vez um ser humano que cansou de ser somente homem. Iriam lhe jogar ao relento, cortá-lo com cortaram a rosa e despedi-lo, mas antes que alguém fizesse isso, o próprio homem se submeteu a ser areia.

Por Carol Oliveira

domingo, 10 de outubro de 2010

O circo ciclo, a vida vida

Ela, Lindoca, sempre fora um tanto carente. Em um dia normal e chato de domingo foi ao circo com as primas. Amava circo.

Os tambores batiam, seu coração acelerava, ela olhava atentamente para as cortinas.O espetáculo iria começar. Entrava um homem bem arrumado de preto, com uma voz diferente, apresentava quais seriam as atrações.

Foi chamado o mágico com suas ajudantes, sempre bem enfeitadas. O mágico retirava de sua boca metros de papel, desaparecia com a pomba, tirava o coelho da cartola, partia uma ajudante no meio e sumia com a outra. A gorda Lindoca observava tudo questionando e criando hipóteses que justificassem os truques do rapaz de bigode. O show de mágicas acabava e lá vinha o outro da voz diferente, anunciar a próxima atração " Chamo agora, eles os homens de coragem, de força de garra, os acrobatas Lion e Giorgon!"

As pessoas do picadeiro aplaudiam os artistas que usavam roupas coladas e reluzentes. E começava mais uma vez a tensão.. Eles pulavam de um lado a outro de uma altura imensa.. todos atentos, com os batimentos a mais de mil, batiam palmas para cada salto. Lindoca atenta a todos os movimentos. Seus olhos brilhavam com tudo aquilo, imaginava como deveriam ter aprendido.

Encerrado a atração, uma música engraçada começou a tocar.. anunciava o falante a chegada dos palhaços Tintoreto e Pipoquita. Saiam de um carro quebrado e começaram a dançar a música da Serafina. Foi então, que o coração da garota gorda começou a bater ainda mais forte. Tudo ficava em silêncio ao seus ouvidos, detinha-se apenas a olhar o jovem palhaço Tintoreto.. reparava em tudo, na sua piruca, na sua roupa, seus dedos, sua canela... aquela canela branca e que a fez abrir o primeiro sorriso de todo o espetáculo. O barulho voltou, prestou atenção na voz do palhaço, na sua dancinha engraçada, na sua canela. Não parava de rir.

Chegou a hora do intervalo, os artistas de dirigiam aos camarins. Sua vontade era de entrar no ambiente onde estava o Tintoreto e tirar sua peruca, tocar sua canela. Mas, não dava.. o intervalo acabou, ela sentou no picadeiro, os palhaços voltaram.. Então ela fixou os olhos no menino pintado que estava no palco.. o encarava fortemente, buscava que ele retribuísse o olhar. Estava apaixonada, talvez atraída pelo engraçadinho. O show acabou, ela não parava que comentar com as primas sobre o palhaço e suas canelas brancas.

Na hora de dormir não tirava o sorriso do rosto lembrando dele, queria um dia descobrir seu nome, casar-se com um palhaço, viver a vida de um circo.

Afinal, O que são os dias se não espetáculos? o que somos nós se não platéias ? o que são os outros se não artistas? O que é o tempo se não magia ? O que é a vida se não um circo?

Enfim, uma vida com vida tem que ter mágica, palhaçada, tensão, aplausos.. deve ser viva.

Por Carol Oliveira

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

A famosa estrutura


Eu, você.


Você e eu.


Eu, você e felicidade.


Você.


Eu e a saudade,




ps. esse negócio de por nome embaixo é muito chato, todos sabem que sou que escrevo mesmo.
meu amigo que falou para pôr.. mas eu jpa escrevi tantos.. que daí que se eu colocar só agora, vão pensar.. quem escreveu os outros? devia ter pensado nisso antes. :P Quebrei o clima do poema, desculpem. Minha estrutura *-*