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terça-feira, 13 de setembro de 2011

E tudo faz parte




Cheguei ao mundo em prantos. Sempre tão sozinha em um lugar gosmento e então, de repente, me vejo em meio a uma pequena multidão ensopado de algo vermelho que alguns chamam de sangue, e logo em seguida sou levada para perto de uma moça que chora, não sabia ainda o porquê daquelas lágrimas e nem o motivo pelo qual ela me abraça, porém, aquele foi o primeiro momento que senti que estava segura, ali, naquele cenário feio e sem graça, senti verdadeiramente na pele, o que logo vim descobri que se chamava amor.

E com o passar dos dias, me transformava. Aprendia algo, via algo que nunca pude imaginar. Conheci as gargalhadas, o carinho... mas também chegou o dia no qual senti a raiva, senti dor, no dia que eu chorei como se nunca fosse me acostumar com o novo lugar onde haviam me colocado com um único propósito: viver. Mas em que consistia essa tão simples palavra que com 5 letras apenas era tão enorme e significante? Seria sempre estar chorando por causas dos obstáculos esquisitos com que me deparava? Ou será que viria a ser sorrir, ficar sempre alegre
independente do que ocorra? impossível.

Chegou o dia em que perguntei ao infinito desse universo se não era melhor não ter nascido, ele me respondeu com um assopro, levando umas folhas secas, sacolas rasgadas, palavras sem sentido. E logo eu entendi, que não, pois as milhares de sensações que tive, as melhores, eu não estava sozinha no meio líquido de uma barriga, estava vivendo.

Sim, tudo faz parte. Vamos virar nascentes de rios quando nos sentirmos sozinhos, mas assim que encontramos um amor, a paz nos envolve intensamente e podemos sorrir. No entanto não se esqueça que quando o amor é verdadeiro, você nunca está só e outra, caros amigos, ele é infinito. Tem um ponto de origem, mas não, quando sincero, jamais terá um fim.

Pela mesma Carol Oliveira de sempre.

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