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quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Como o vento

Deixar, partir são sempre problemas de quando não se quer ir. Mas é preciso ser forte, parar de olhar para trás e seguir adiante. O arrependimento vai bater, porém, isso é só mais uma vontade, a de querer voltar, e vontades passam. Assim como as lágrimas, os sorrisos, os afetos, as brigas, os melhores momentos... tudo tem um tempo para definhar. Infelizmente, ou felizmente, talvez, não se foi inventado ainda, um controle que controle os relógios, que pare o passado, mude o presente e possa criar um futuro com um final feliz para todos. É meio clichê falar de partidas, até porque todos estão cansados de saber que elas são necessárias, e nem sempre o que é necessário é perfeito. Não, não é. Partir sempre dói, pelo simples fato de que o ser humano é feito de pedaços, ou você vai me dizer, que és apenas uma célula? Somos milhares delas, e por cada lugar que passamos, momentos que presenciamos, deixamos por ai, parte de nós. Às vezes, enormes partes que doem mais que tudo quando nos separam dela, parece que vamos morrer. E são nesses momentos que nos sentimos uma celulazinha, abandonada, sozinha. Mas aí que como as horas se vão, os segundos não param de passar, o sino não para de bater, vamos nos preenchendo novamente, interiormente, mentalmente. Continuamos partindo, cada passo, suspiro, palavra, é um dito que não será mais dito, não com a mesma intensidade, da mesma forma como fora falado na primeira vez. Pois, foi um instante, aquele curto intervalo de tempo que passou. O segredo é continuar sempre, não gaste sua vida toda em um único momento, com um único pedaço, ainda que aches que vale a pena, parar quando o sinal está verde, quando tem que se mover, é sempre um erro. Os mais educados, vão apenas alertá-lo para que siga, mas no nosso mundo, esses são raros. Logo, irão, a maioria, passar por cima de você. Então, não pare nunca, nunca mesmo. E esteja sempre preparado para um "adeus", ainda que te digam que é um "até logo", pois as pessoas mentem, ainda que sem querer talvez, mas elas o enganam e se enganam. Somos humanos, feitos de instantes, de pedaços, de partidas. Somos obrigados a deixar, a ir embora, a não olhar para trás. Precisamos sempre correr, quando não há mais fôlego. O tempo é como vento e o vento é o tempo que passa por nós. Assanha as folhas das árvores, os cabelos lisos, arrasta grãos e move navios. Quando se está partindo, indo, não existe nada melhor do que sentir o vento, fechar os olhos lembrar dos momentos, mas sem medo, olhar novos horizontes, se aventurar por novas terras e quem sabe, um dia, encontre um tesouro e nele estará contido tudo que te fez falta e agora te completa, e assim você vai saber e perceber o que é viver.

Por Carol Oliveira, para todos que vem e vão, as vezes até em vão.

2 comentários:

Henrique Morais disse...

Muito bom ! Gostei! :D

Thayane Almeida disse...

oie linda, adorei o texto, parabpens, seguindo seu blog, vem conhecer o meu e me seguri tb beijinhos =**

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