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quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

As flores do nosso jardim

Em um jardim aparentemente bonito, residiam duas roseiras quase idênticas. Rosinete e Rosicreusa eram seus nomes. Apesar da mesma quantidade de pétalas, espinhos, mesma cor... Nete tinha uma coisa que Creusa não tinha, o cheiro. O dono, gostava muito das duas, até porque, seria muito sem graça se todas as flores do jardim fossem iguais. Mas Creusa ficava tristonha, porque toda tarde o jardineiro cheirava todas as rosa, exceto por ela, ele só passava os dedos em suas macias pétalas. Nete era um tanto amostrada e malvada Ficava fazendo pouco da Rosicreusa, a chamando de fedida e dizendo que ninguém se encantaria por uma rosa assim, sem aroma. Nete queria fazer com que Creusa sentisse muita inveja e então seus espinhos iam crescer, suas pétalas mucharem e então, ela morreria só. Acontece, que a Crê deixava aquelas palavras irem com o vento. E isso deixava a rosa malvada ainda mais indignada. E então certa vez, ela falou para um inseto que não pusesse mais grãos de polén em Crê porque ela estava doente. A probrezinha não estava mais se reproduzindo . Tê sorria a toa. Numa tarde legal, chegou uma encomenda na floricultura, tirassem as rosas mais cheirosas e bonitas para um casamento de luxo. Quando a rosa má soube, ficou super animada, porque seria podada e logo mais segundo os seus sonhos, habitaria uma linda terra só sua.

Sim, Rosinete foi podada, e usada na decoração do buquê, que foi jogado após a cerimônia para as mulheres solteiras. Uma delas o pegou, o largou na mesa e foi dançar. Nete morria de sede. Entre muitas rosas do enfeite, ele se foi sozinha e sem cheiro.

" Arranquemos as rosas invenenadas, essas com inveja, egoísmo, do nosso jardim. Deixemos aquelas boas, sem rancor, grades espinhos..."

Rosicreusa voltou a se reproduzir. Muito bonita era e por maior que fosse a encomenda, o jardineiro não arrancaria aquela roseira, pois essa sim merecia ter grandes raízes.

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