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domingo, 25 de julho de 2010

O garoto do assobio


Eu estava em casa,
você na rua.
Eu estudava,
você brincava.
Eu tocava teclado,
você assobiava.

Para mim o tempo corria,
para você o tempo passava.
Eu acreditava que vivia para vida.
Você dizia que a vida era para viver.

Eu era Aurélia,
você, Fernando Peixoto.
Eu era grega,
você troiano.
Fui Cleópatra e você meu escravo.

Agora eu, Aurélia sou a escrava grega do moço troiano chamado Fernando Peixoto.
Agora você, aproveita a vida para viver e corre para passar o tempo.
Agora nós, assobiamos enquanto tocamos teclado, brincamos de estudar e moramos na mesma casa em uma certa rua.

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